Chegamos à 33ª Mostra do Programa de Exposições, oriunda do mais longevo edital de artes visuais da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Esta edição se destacou por seus desafios que demandaram resiliência, determinação e cooperação de todos os envolvidos. No ano de 2023 fomos atravessados pela implementação da Lei 14.133, Nova Lei de Licitações e Contratos, que estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Como é comum nas pastas de cultura, nos deparamos com leis que, por vezes, não consideram suas especificidades. No entanto, com dedicação
inabalável, nos adaptamos mantendo sempre a integridade de nosso propósito. Aqui aproveito para agradecer ao time da Assessoria Jurídica da Secretaria Municipal de Cultura, em especial a Dra. Juliana da Conceição Borges pelas horas de dscussões e orientações para adequarmos este certame às novas diretrizes sem que ele perdesse a sua essência máxima; a de fomentar o trabalho de novos artistas do campo das artes visuais.
Em um contexto desafiador adotamos uma abordagem subversiva: se por um lado a nova Lei torna o acesso mais dificultoso, a própria Lei contribui para a adoção, de forma oficial, da política de Ações Afirmativas, levando em consideração a autodeclaração nas categorias étnico-raciais, de gênero, mãe-solo e pessoas com deficiência como critérios de acréscimo na pontuação, para que o acesso seja mais igualitário e definitivo. Afinal os caminhos das políticas públicas devem ser pavimentados com boa intenção e coragem para enfrentar o status quo de uma realidade extremamente polarizada. Certamente, nenhuma administração que se movimente nesta direção é simples e fácil e exige uma capacidade de resistência, escuta e muita dedicação. Todo gestor público é um ser coletivo. Nada se constrói sozinho e a coletividade foi e é, de fato, um fator essencial foi essa colaboração que nos conduziu ao êxito deste projeto tão emblemático… Conseguimos! Compartilhamos, assim, a celebração desta conquista coletiva!
Expresso minha gratidão a cada pessoa que contribuiu para tornar esta mostra uma realidade, desde os colaboradores da Secretaria Municipal de Cultura até os artistas selecionados. O comprometimento de cada pessoa foi vital para a construção conjunta desta Mostra tão especial para a história do CCSP e da cidade de São Paulo. Destaco, de forma especial, alguns nomes que desempenharam um papel fundamental nesta jornada: Maria Adelaide Pontes, Guto Ezek, Karen Doho, Laura Sousa, Alex Sandro Antonio Cruz, Luciano Ferreira, Valdir Damasceno, Nerie Bento, Isabela Pretti, Isaac de Moraes, Pedro Alencar, Thamires Cordeiro Nunes, Fabiana Lopes, Luciara Ribeiro, Renato Araújo Silva, Aline Albuquerque, Ana Cecília Soares, A TRANSÄLIEN, Carollina Lauriano, Deri Andrade, Guilherme Teixeira, Gustavo Caboco, Monica Cardim, Mayara Carvalho, Uila, Val Sampaio, Vânia Leal, Andrea Lalli, Carolina Itzá, Carolina Velasquez, Cho, Cris Peres, Dinho Araújo, Dyana Santos, Érica Storer, Espejismo, Felipe Rezende, Génova Alvarado, George Teles, Gio Soifer, iah bahia, Iris Helena, Jeff Barbato, Lucimélia Romão, Milena Ferreira, Morena, Natan Dias, PV Dias, Renan Marcondes, soupixo e Val Souza.
Agradeço também aos 520 inscritos que demonstraram sua confiança ao se inscreverem, parte integral desta jornada e de seu êxito. Que esta energia colaborativa continue a nos guiar. É esse espírito vivo e comprometido com a potência criadora da arte que sigo evocando daqui, do meio desse redemoinho energético.
PARA CONTINUAREM AS MESMAS, AS COISAS DEVEM MUDAR CONSTANTEMENTE, por Rodolfo Beltrão, Diretor do CCSP
Como as relações de conflito, tensões territoriais e ecossociais da região de Sorocaba e do interior do Estado de São Paulo refletem na cultura, no meio ambiente e nas relações entre a população local? Essa é uma das questões que a mostra terra rasgada busca trazer ao público. Em cartaz a partir de 04 de agosto na Biblioteca do Campus de Sorocaba (B-So) da UFSCar, a exposição reúne obras de Dani Shirozono, Jeff Barbato, Lucas Souza e Marília Scarabello, e tem texto curatorial de Allan Yzumizawa.
Céu da boca apresenta a plasticidade de uma cosmologia que se organiza entre a magnitude do céu e da Terra e a intimidade dos nossos buracos, cavidades, brechas, dobras, músculos, salivas, ossaturas – e também vozes, risos, gemidos, gritos, grunhidos, respiros. A edição reúne noções de cuidado-coletivo, afetividades, corpo como fonte de saber não hegemônico, Terra, tecnologias e imaginação de mundos com/desde a boca. Este número é uma coedição da Casa do Povo com Cláudio Bueno, João Simões e Vânia Medeiros. Entre publicação de arte e jornal comunitário, Nossa Voz dá continuidade a suas raízes históricas, judaicas e humanistas, em sintonia com as urgências do presente. 🗞️ O jornal Nossa Voz circulou entre os anos 1947 e 1964, editado por ativistas ligados à construção da Casa do Povo. Foi fechado pela ditadura civil-militar e retornou como publicação impressa somente 50 anos depois. Em edições anuais e gratuitas, a publicação reúne colaborações inéditas entre ensaios, entrevistas, ficções, intervenções visuais e outras experimentações!
TERRA RASGADA convida o público a refletir sobre as relações do conflito e tensões territoriais existentes nas regiões do interior do estado de São Paulo, com o propósito de criar debates sobre expansões territoriais e seus impactos no meio ambiente, causalidades existentes devido às condições de aumento da expansão do mercado imobiliário, da exploração e do consumo exacerbado nestas regiões. O projeto também prevê a contextualização do interior de São Paulo e o debate frente a problemáticas oriundas desde o processo colonizador. Dani Shirozono, Jeff Barbato, Lucas Souza e Marília Scarabello de março a maio de 2022 produzem seus projetos voltados para essas reflexões, a serem apresentados em Terra Rasgada. O projeto leva curadoria de Allan Yzumizawa, apoio do CEI (Centro Educacional Santi Capriotti de Educação Especial) e do Espaço Marco do Valle @espacomarcodovalle com realização da Secretaria de Economia Criativa do Estado de São Paulo por meio do Programa de Estímulo a Cultura do Governo do Estado de São Paulo #proac2021.
O Vazio Abarcado é um projeto de Jeff Barbato e Aline Moreno, pensado durante o começo de 2021. Ele traça a produção recente, a partir do que ambos artistas percebem das regiões do interior do estado em que moram, no campo do visível e principalmente daquilo que é invisível e perpassa interesses geopolíticos geralmente pautados nas elevações geográficas, territórios e passagens.
Las cicatrices son un testimonio de nuestras tregadias, pero también de cómo nos recuperamos luego de los momentos dolorosos. En el número 238 de la revista Punto de partida podrás leer textos y series gráficas acerca del tema #Cicatrices Punto de partida es una publicación bimestral editada por la Universidad Nacional Autónoma de México, Ciudad Universitaria. www.puntodepartida.unam.mx
O Centro Cultural dos Correios de São Paulo recebeu do dia 03 de maio de 2022 até 10 de junho de 2022 a exposição coletiva “o encontro é um lugar impossível” com curadoria de Allan Yzumizawa. Evento inédito e presencial, aberto gratuitamente para visitação. A mostra reuniu 56 obras de 24 artistas de 10 cidades diferentes, sendo elas: Campinas, Indaiatuba, Itu, Jundiaí, Limeira, Paulínia, São Bernardo do Campo, São Paulo, Sorocaba e Ubatuba. Todos os artistas participaram da segunda edição do edital Meios e Processos 2020 ocorrido de forma online na antiga FAMA Museu hoje Museu São Pedro, sob orientação de Andrés I. M. Hernández e Kátia Salvany e com a direção de Raquel Fayad. Por ocasião da pandemia, todos os estudos e encontros foram realizados de forma online, em doze sábados com duração de quatro horas cada. ARTISTAS: Alan Oju, Ana Takenaka, Angerami, Antonio Pulquério, Carlos Carvalho, Cristian Psedks, Dani Shirozono, Eduardo Amado, Erica Sanches, Gabriel Torggler, Guilherme Borsatto, Gustavo Salvatore, Jeff Barbato, Julie Dias, Lucas Souza, Marcio Amâncio, Marisa Martins Carvalho, Raquel Fayad, Soraia Dias, Sylvia Sanchez, Thiago Goya, Vera Parente, Wesler Machado Alma e Yohana Oizumi.
Na exposição elevações, Aline Moreno e Jeff Barbato apresentam onze obras que discutem o lugar da paisagem sob suas respectivas óticas, compartilhando ambos de uma poética visual similar, com trabalhos que se situam entre o bi e o tridimensional, entre o objeto, a escultura e o relevo que se projeta da parede com toda sua frontalidade. (Jurandy Valença)
A publicação Meios e Processos 2020 é uma iniciativa dxs artistas participantes do edital “Meios e Processos 2020“ da FAMA Museu, com respaldo do educativo do Museu na pessoa da Carla Borba e apoio dos mentores Kátia Salvany e Andrés I. M. Hernández, como forma de registro dos processos realizados durante os 12 encontros virtuais ocorridos entre os meses de abril e dezembro de 2020.
O 17° Território da Arte de Araraquara, evento de Artes Visuais realizado anualmente pela Secretaria Municipal da Cultura e Fundart de Araraquara, em 2020 aconteceu no formato digital devido à pandemia da Covid-19. A exposição online conta com a participação de 31 artistas, sendo dez deles premiados;
in|teiros foi uma exposição simultânea do artista Jeff Barbato que ocorreu entre junho e julho de 2018 em quatro centros culturais distintos no município de Bauru-SP. Como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Artes Visuais. A exposição foi pensada para acontecer em quatro lugares distintos concomitantemente, afim de sugerir que o público se deslocasse pela cidade entre espaços de fomento de Arte e Cultura.