abundantes em veios de ferro, 2022
políptico composto por 24 fragmentos: concreto, malha de aço e plastilina.
23 x 23 x 2 cm cada fragmento.

detalhe e registro da itinerância de o vazio abarcado (2023) com visita guiada aos estudantes da EMEF Oscar Niermeyer.

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Ao pensar questões urgentes relativas ao processo de gentrificação, desigualdade social, exploração desenfreada de recursos naturais, violência urbana e a crescente especulação imobiliária no interior do estado de São Paulo, resolvi buscar referência primeiramente estudando uma parcela do que se sabe sobre a história de Sorocaba e em seguida, identificar possíveis fissuras nessa história. A partir disso, chego à história contada sobre o rasgo deixado pela linha férrea Sorocabana, em um cenário de extrema violência, sangue derramado e trabalho escravo de povos originários (indígenas) e também de imigrantes. Como uma fissura que rasga o solo brasileiro, a linha férrea é uma crescente de poder e abandono, por isso, uso seu trajeto como referência para as fissuras-linhas que cavo no concreto e que conectam um fragmento ao outro em Abundantes em Veios de Ferro. Cada fragmento quando espalhado pelo chão e unidos pela fissura formam o desenho do trajeto da linha férrea Sorocabana, com referência no mapa ferroviário de 1898 da Companhia União Sorocabana e Ituana; São Paulo Railway Comp.

EXPOSTO EM:
[itinerância] o vazio abarcado, Pinacoteca Municipal, Fundação Pró-Memória. São Caetano do Sul – SP (2023)
o vazio abarcado, Museu da Cidade, Casa de Vidro. Campinas – SP (2022)

FOTO: Ana Helena Lima